Novos Talentos
Chef Fernanda Oliveira receita

NOVOS TALENTOS #1: chef Fernanda Oliveira busca inspiração no amor, na família e nos clientes

No segundo semestre de 2016, tive uma classe com mais de 50 alunos do 4º período do curso de gastronomia do Centro Universitário Senac, de Águas de São Pedro, que haviam optado pela disciplina eletiva de marketing de serviços, da qual sou titular na instituição.

Toda semana, na ‘fila do gargarejo’ da grande sala de aula, estava Fernanda Luiza de Paula Oliveira. Bonita e de forte presença, sempre com seus turbantes coloridos, ela ficava atenta às minhas explicações, fazia perguntas e mantinha o semblante de quem está sempre compenetrado.

Minha intuição dizia que Fernanda era uma grande cozinheira. E eu estava certa! E o melhor: além do talento natural para cozinhar, ela está se revelando uma grande empreendedora, cheia de projetos, boas ideias e com foco no planejamento da carreira.

“Para mim, a comida une tudo” – chef Fernanda Oliveira

Fotos: Gabriela Dus
Chef Fernanda Oliveira

Nascida há 21 anos em Porto Ferreira, onde vive com a família, Fernanda se destaca como jovem talento da gastronomia e conta, nesta entrevista, o que vem por aí.

Papo com Cris – Por que escolheu a gastronomia como profissão?

Fernanda OliveiraDesde que me conheço por gente amo cozinhar. Cresci em meio às panelas, e sempre fui uma criança gulosa. Isso me despertava curiosidade e eu adorava ir à casa dos meus avós para comer aquelas comidas afetivas e saborosas de família, até que, um dia pedi para meu avô me ensinar a fazer meu primeiro arroz e desde lá nunca mais parei de cozinhar. A gastronomia entrou na minha vida quando decidi fazer os testes para prestar vestibular. Aí eu percebi que não queria ser nada daquilo que é convencional. Já cozinhava para minhas amigas de escola e isso fez com que muitas pessoas me incentivassem. Foi quando meu professor de matemática, o Flávio, mencionou a faculdade de gastronomia no Senac, pois seu sobrinho havia estudado lá e estava iniciando a carreira. Então, resolvi estudar para prestar o vestibular e começar mais um sonho.

Então, sua família teve alguma influência na sua decisão.

Sim, em parte, pois sempre via minha tia e minha avó cozinhando. Quando não menciono minha mãe é porque ela não gosta tanto de cozinhar (risos). Meus avós e minha tia me fizeram gostar de cozinhar.

Como foi sua experiência como estudante no Senac em Águas de São Pedro? Fale um pouco sobre os dois anos que esteve lá.

Foi uma experiência incrível. Quando iniciei o curso, vi que cozinha não era só cozinhar e que envolvia muitas coisas. Isso abriu mais a minha mente e me fez ver a área em que queria atuar. Esses dois anos no Senac foram inesquecíveis. Tive amigos verdadeiros e bons professores que me ajudam até hoje. Foi um momento muito importante para mim, pois aprendi a me virar e a ser bem mais independente. Então, acreditem: esses dois anos mudaram minha vida.

Quais são seus pontos fortes como cozinheira?

Nossa, que pergunta difícil!! (risos)… Creio que me destaco ao fazer pratos regionais. Às vezes, penso naquele ingrediente e já vêm mil ideias à minha cabeça .

O que mais te deixa feliz na hora de cozinhar?

O que me deixa feliz, sem dúvida, é estar bem comigo mesma. Minha inspiração são o amor, minha família, meus clientes. Não tem coisa melhor do que, depois de um dia cansativo de trabalho, alguém dizer a você o quanto estava bom o prato que você preparou. Para mim, a comida une tudo. Por meio dela conseguimos atender a todas as necessidades.

Qual é seu prato preferido?

Nossa!! Meu prato preferido, sem dúvida, é a rabada com polenta e salada de almeirão  da minha avó Geni. É o melhor prato da vida.

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Quem são suas referências na gastronomia?

Uma referência, com certeza, são os grandes chefs da culinária brasileira. Me interessei pela gastronomia regional assistindo e lendo sobre os chefs Alex Atala, Rodrigo Oliveira, Tatá Cury, Kátia Xavier e Henrique Fogaça.

Como você definiria um bom cozinheiro?

O bom cozinheiro, sem dúvida, é aquele que ama o que faz, não vai se importar por perder sábados, domingos e feriados para fazer o lazer de outras pessoas. Carrego uma frase comigo: em tudo o que você fizer, sempre tente ser o melhor, assim não irão faltar oportunidades.

Se tivesse a chance de cozinhar ao lado de alguém importante para você, quem seria essa pessoa ou esse chef?

Gosto da cozinha ‘pegando fogo’. Sem dúvida, iria adorar cozinhar com o chef Henrique Fogaça, Kátia Xavier ou Rodrigo Oliveira.

Qual o lado mais difícil da sua profissão?

Sem dúvida, a falta de reconhecimento, o salário e a jornada dura de trabalho.

Profissionalmente, quais são seus planos para o futuro?

Atualmente, faço eventos como personal chef, trabalho também com comida funcional e estou fazendo pós-graduação em cozinha brasileira. Estou na correria para a inauguração do Jeitinho Crioula, que será na segunda semana de julho. O estabelecimento será especializado em comida saudável brasileira, com entrega em domicílio. A ideia é fazer releituras de pratos típicos brasileiros, só que de forma balanceada e saudável. Haverá doces, marmitas, pães e kits promocionais, tudo de um jeitinho brasileiro e bem funcional. Futuramente, pretendo expandir o Jeitinho Crioula e transformá-lo num restaurante bem brasileiro, além continuar no ramo em eventos, que é uma grande paixão.

Para quem você serviria um banquete? Por quê?

Para os meus clientes. Eles merecem sempre o meu melhor.

Chef Fernanda Oliveira receita Moqueca
Chef Fernanda Oliveira

É gastrônoma formada pela Centro Universitário Senac, de Águas de São Pedro. Mora em Porto Ferreira, onde atua com cozinha regional e saudável. É proprietária da Jeitinho Crioula.

Fones: (19) 99599-5453 e (19) 3589-1883
Instagram: @jeitinhocrioula
Facebook: facebook.com/JeitinhoCrioula
E-mail: fernandaoliveira_gastronomia@outlook.com

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