Especialista da Echos oferece dicas sobre como utilizar o Design Thinking no dia a dia em projetos pessoais e profissionais

Quando se fala em Design Thinking, o primeiro pensamento é sempre relacionado a sua aplicação para solucionar problemas que atingem alguma empresa, seja ela de pequeno, médio ou grande porte.

Por isso, muitas pessoas acabam não enxergando a possibilidade de colocar a abordagem em prática também no dia a dia, seja em projetos pessoais ou profissionais de cada indivíduo.

Trazer um pensamento para o cotidiano requer uma grande mudança na forma como cada um está acostumado a enfrentar as adversidades do dia a dia.

E pensando em ser um apoio para quem deseja utilizar as técnicas do Design Thinking, Mário Rosa, sócio e fundador da Echos, laboratório de inovação, lista 8 dicas indispensáveis para auxiliar nessa questão.

Confira!

1. Abandone velhos conceitos

Por ser uma abordagem que busca inovar a forma como enfrentamos e resolvemos nossos problemas, o Design Thinking requer que velhos conceitos sejam abandonados, pois só assim é possível inovar.

De maneira geral, a educação foi pareada sob a lógica industrial, com base em números, controles e metas rigorosas e, isso fez com que muitas pessoas levassem isso para suas vidas pessoais. Por isso, é chegada a hora de mudar esse pensamento.

2. Desenvolva empatia, experimentação e colaboração

Esses são os três valores principais que sustentam o Design Thinking. Quando falamos de empatia, nos referimos a habilidade de compreender e se colocar no lugar do outro. Exatamente por ter o ser humano como centro do processo de criação no Design Thinking e o modelo mental ser voltado para melhorar a vida das pessoas, “tomamos emprestado” constantemente a vida dos outros para inspirar novas ideias, para que insights sejam gerados e traduzidos em produtos e serviços que impactem positivamente a sociedade.

Após geradas, as ideias precisam passar pelo processo da experimentação, que é o momento de descobrir se as ideias de fato fazem sentido para serem executadas. Por último está a coluna Colaboração, que nada mais é do que acreditar no poder da rede de apoio. Na abordagem do Design Thinking a colaboração aparece em todas as fases, desde a interação com outras pessoas da mesma comunidade, na qual os integrantes têm perfis diferentes, que enriquecem o processo e trazem visões diferentes para o mesmo problema.

3. Você é criativo e capaz de inovar

Apesar de ser uma característica importante, a criatividade ainda é vista como um dom necessário apenas em algumas profissões. Contudo, enfrentamos um paradigma porque, por outro lado, o mundo atual exige cada vez mais das empresas e dos profissionais – independentemente da área de atuação – a habilidade de gerar ideias, criar produtos e serviços inovadores. Pensar “fora da caixa” e ser inovador têm se tornado, assim, as grandes demandas do mercado. Entretanto, a criatividade precisa ser bem treinada para evoluir.

A criatividade tem relação direta com o conhecimento adquirido, por isso ter um repertório cognitivo desenvolvido é o primeiro passo para exercitar a criatividade. Além disso, o trabalho coletivo também é peça importante, pois quanto mais visões diferentes, melhor será a conclusão e o funcionamento de um brainstorm, por exemplo. Observação (enxergando tudo o que há de novo em um ambiente) e ter a mente aberta também são pontos que fazem parte do processo.

4. Entenda o problema

Para inovar é preciso expandir o pensamento, e não apenas buscar informações quantitativas sobre seus clientes ou usuários. Além disso, uma das grandes tendências do mercado é que ele está cada vez mais centrado na figura humana.

E o pensamento voltado para o Design Thinking contribui nesse sentido. Ser inovador, mais do que um resultado final, representa a capacidade de acessar necessidades humanas latentes e traduzi-las em algo tangível, desde um novo produto, passando por novos serviços e negócios, até chegar a soluções que alterem padrões culturais, sociais, políticos e econômicos.

5. Testar é essencial

Conseguir oferecer uma solução que gere valor para as pessoas é um grande desafio pois, somente quando materializamos nossas ideias é que descobriremos se elas realmente fazem sentido. Por isso, ao lado de toda ideia é preciso haver um protótipo.

Provavelmente, ao testar já surgirão pontos que parecem ser positivos, negativos, que estão confusos ou que abrem para novas possibilidades. Dessa forma, é possível enxergar a real viabilidade de um projeto ou uma ideia.

6. Pratique, pratique e pratique

De nada adianta desenvolver novas habilidades e aprender novas ferramentas se você não colocar em prática os aprendizados. Quanto mais vezes você aplicar as abordagens para desenvolver soluções inovadoras, mais você adquire experiência e segurança para criar melhores soluções e para problemas cada vez mais complexos. Sendo o Design Thinking uma abordagem que permite ser utilizada em diversas áreas, como âmbito profissional e pessoal, procure aplicar em diversos projetos e sem medo de errar.

Sobre a Echos

Fundada em 2010 por Juliana Proserpio e Ricardo Ruffo, a Echos é um laboratório de inovação que utiliza o Design Thinking para ajudar as organizações a se tornarem mais inovadoras na resolução de problemas complexos e desafios contemporâneos. Presente no Brasil, na Austrália e em Portugal, também promove treinamentos e capacitações em Design Thinking por meio de cursos presenciais e online que já impactaram mais 30 mil pessoas. A Echos possui três frentes de atuação: a Escola Design Thinking, a Innovation Projects e a Descola.

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