Faz alguns dias, decidi postar nas redes sociais uma foto minha feita pelo meu querido amigo, o fotógrafpo Felipe Valim, depois de ser produzida pela renomada maquiadora e também amiga Mariana Junqueira. Essa foto ilustra o editorial da edição 29 da Revista Tutti, da qual sou editora-chefe há cinco anos e o perfil deste blog. Realmente, o resultado foi incrível. Acho que foi a melhor imagem que alguém já fez de mim em meus 50 anos de vida. E a foto ‘bombou’ no Facebook e no Instagram. Foram centenas de curtidas e comentários de inúmeros amigos que não ficaram indiferentes à minha ‘transformação’.

Quem me conhece mais de perto, sabe que vaidade nunca foi meu forte. Não aquela vaidade que se manifesta no aspecto físico. Para ser bem sincera, por muito tempo tive uma auto-estima que deixou muito a desejar, problema que começou lá na adolescência. Não gostava do meu cabelo “ajeitado”, dos meus dentes tortinhos, do meu peito grande (na minha juventude, a moda era reduzir as mamas em cirurgia plástica), do meu peso sempre acima do que eu queria, do meu bumbum sem graça… Enfim, era difícil gostar da minha aparência.

Depois, eu fui crescendo e encontrando parceiros que viam graça em mim e me achavam… atraente??? Sim, eles se sentiam atraídos por aquela pessoa sem graça que eu pensava ser. E minha auto-estima começava a dar sinais de crescimento. Me casei e tive uma filha com um cara que (eu nem acreditava!!) me achava bonita.

Ainda assim, não perdia muito tempo com minha imagem. Até que mudanças ocorreram na minha vida profissioanal. A jornalista meio “bicho-grilo” e de cara lavada já não ficava mais confinada numa redação, fechando páginas e mais páginas de jornal ou revista. Passei a estar em eventos, festas, reuniões sociais que exigiam a minha presença. Fui conhecendo gente interessante, bonita, antenada nessas questões ligadas à imagem e estilo, e passei a prestar atenção neste mundo de ‘aparências’ que eu reneguei por tanto tempo.

Me dei conta de que não se tratavam apenas de vaidade vazia e frivolidades. Cuidar da própria imagem é uma forma de você exteriorizar o que vai dentro de você. Se está bem e feliz, você está linda. Se está triste, os cuidados devem ser redobrados, já que uma postursa vitoriosa e altiva nos ajuda a enfrentar os obstáculos.

A maturidade só me ensinou e, hoje, aos 50 anos, descobri que, mesmo não sendo mais jovem, mesmo não tendo emagrecido um grama sequer nos últimos anos, posso ser linda, atraente e segura.

E, para me desafiar, encarei uma sessão de fotos com o talentoso Felipe Valim, em seu próprio estúdio, depois de passar pelo salão da grande Mariana Junqueira, num início de tarde de um domingo de sol. Foi uma experiência incrível, já que o Felipe conseguiu me dirigir divinamente e extrair o melhor da minha fotogenia neste trabalho. Eu queria fotos em preto e branco, com certa sofisticação e um jogo de luzes e sombras. Saiu exatamente como eu querida!

Quero compartilhar algumas dessas fotos com vocês. Nenhuma mulher deveria se privar dessa experiência. Todas nós somos lindas!

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