Páscoa: Dr. Bactéria ensina a evitar riscos de intoxicação alimentar

Páscoa:  Dr. Bactéria ensina a evitar riscos de intoxicação alimentar

Com a aproximação da Semana Santa e da Páscoa, que neste ano é comemorada no dia 31 de março, a presença de peixes e chocolates aumenta na dieta dos brasileiros. Estima-se que mais de 80 milhões de ovos de chocolates serão consumidos na Páscoa 2013. Por sua vez, a indústria da pesca prevê comercializar três vezes mais peixes do que em outras épocas.
Para evitar complicações de saúde, o consumidor deve tomar cuidados desde o momento da compra até o preparo dos alimentos. Ações simples, como observar se os ovos de Páscoa estão armazenados em locais frescos e arejados e se as embalagens não têm furos ou amassados, podem evitar contaminações e infecções alimentares indesejadas. “É a embalagem que protege os ovos de chocolate de insetos e de contaminação”, reforça o biomédico Roberto Martins Figueiredo, mais conhecido como Dr. Bactéria.
Ao optar por ovos, bombons ou colombas de fabricação caseira, o consumidor deve solicitar degustação do produto antes da compra. Os fornecedores de produtos artesanais devem seguir as mesmas regras de comercialização dos industrializados. Para evitar surpresas desagradáveis, outro ponto que deve ser conferido é a consistência do ovo de Páscoa. “Se o chocolate amolece, ocorre a separação da gordura e ele acaba adquirindo coloração esbranquiçada e odor desagradável”, alerta o especialista.

Cuidados ao comprar peixes
Com relação aos peixes congelados, a dica é verificar se estão firmes e sem sinal de descongelamento, como o acúmulo de líquidos. “Gelo ou muita água indicam que o balcão foi desligado ou teve sua temperatura diminuída temporariamente”, ensina Dr. Bactéria. O produto congelado deve ser conservado sempre a temperaturas inferiores a MENOS18 graus. O resfriado, abaixo de zero grau.
É necessário verificar a indicação de temperatura para conservação, data de acondicionamento e prazo de validade no rótulo, além do registro no órgão de fiscalização competente, que podem ser os carimbos do S.F.I. (Serviço de Inspeção Federal), S.I.S.P. (Serviço de Inspeção de São Paulo) ou S.I.M. (Serviço de Inspeção Municipal).
No caso de peixes frescos, o consumidor deve checar se eles estão úmidos, firmes e sem manchas. “Peixes deterioram-se mais rapidamente do que outros tipos de carne”, lembra Dr. Bactéria. Verifique se a barriga está firme a pressão dos dedos, os olhos brilhantes e salientes e as escamas bem presas ao corpo. Evite comprar peixes em postas ou filés, pois nessas condições não é possível avaliar as caraterísticas necessárias para a boa qualidade do produto.

Bacalhau sem riscos
Para quem não abre mão do bacalhau, existem orientações específicas na hora da compra e do dessalgamento. O processo de retirada do sal deve ser feito sempre dentro da geladeira. A quantidade de água deverá ser sempre na proporção de 3 litros de água para cada 1 kg de bacalhau. Para postas pequenas, a troca de água deve ser feita de 6h em 6h, durante 24-30h. Postas médias devem ficar de molho de 30 a 36 horas, com trocas de 6h em 6h. As largas precisam ficar imersas de 36 a 42 horas antes do preparo.
Se dessalgado fora da geladeira, em temperatura ambiente, o bacalhau vai exalar forte cheiro, podendo pré-cozinhar e até estragar, principalmente nos dias mais quentes. “Em temperatura ambiente, o Stapylococcus aureus (bactéria que cresce em altas concentrações de sal) pode aproveitar a água parada para crescer e produzir uma toxina que pode causar diarreia, vômitos e fraqueza”, alerta Dr. Bactéria.
Se você tiver interesse em fazer uma pauta sobre esse tema, entre em contato com a assessoria de imprensa do Dr. Bactéria

Sobre o Dr. Bactéria

Pseudônimo do biomédico Roberto Martins Figueiredo, Dr. Bactéria é um personagem midiático ímpar no Brasil – e talvez até no mundo. Apropriando-se do que ele mesmo define como “dona de casês”, isto é, uma linguagem simples, clara e objetiva, que pode ser facilmente entendida por leigos e também por profissionais e estudantes da área, Dr Bactéria difunde informações técnicas e de interesse público na mídia de todo o país, prestando um serviço importante para a promoção da saúde e do bem-estar de muitos brasileiros. Além de assinar diversos artigos em veículos de comunicação impressos e digitais, o biomédico já escreveu cinco livros e colabora regularmente com reportagens de jornais, revistas, sites, rádios e TVs de todo o Brasil. Formado em biomedicina, com especialização em saúde pública e marketing, pela FGV; e em engenharia da qualidade, controle de processos e auditorias da qualidade, pela POLI-USP, Roberto Figueiredo protagonizou a campanha do Ministério da Saúde de prevenção da gripe suína. Seus livros são: “Xô, Bactéria! – Tire suas Dúvidas com Dr. Bactéria”, “Programa de redução de patógenos”, “Como não comer fungos, bactérias e outros bichos que fazem mal”, “Armadilhas de uma cozinha” e “Dr Bactéria – Um guia para passar a vida a limpo”.