O que a realidade nos ensina sobre os ‘Quases” da vida

O QUE A REALIDADE NOS ENSINA SOBRE OS 'QUASES' DA VIDA

Por Eduardo Shinyashiki

Já ouviu falar sobre não deixar para amanhã o que podemos fazer hoje? Talvez sua resposta seja sim, mas também responda que nunca imaginou que certas coisas desagradáveis podem acontecer com você, com alguém de sua família ou círculo de amigos.

Esse é um pensamento universal que nos protege dos acontecimentos frágeis da vida. Certamente essa forma de pensar rodeou as mentes dos familiares que se despediram de seus filhos, maridos e esposas antes de eles saírem de casa e irem, simplesmente, por diversão ou profissão, a uma casa noturna, numa cidade nem muito perigosa, seguindo uma rotina simples e comum.

A tragédia que aconteceu em Santa Maria, que abalou o mundo, nos faz refletir a respeito da importância do agora e ter a consciência de que, de alguma maneira, o amanhã pode não existir ou não vir. Mais ainda: pensar sobre como a vida é frágil. Ficamos em choque pelo acontecimento em si, por comoção, empatia, tristeza, mas também porque refletimos sobre como devemos estar conectados ao presente e não deixar que a vida cotidiana, frenética e rumorosa, nos atropele, impedindo de fazer coisas para aqueles que amamos. Ficamos mexidos, inclusive, pelo medo de perder.

Aliás, quantas mães gostariam de poder ter falado um “eu te amo” mais olho no olho ou dado um abraço mais forte? Quantos amigos deixaram de perdoar alguém que sempre foi muito especial? Sempre existe alguma questão pendente, que vamos adiando, adiando, e esquecemos, ao mesmo tempo, que a vida é hoje. Ela está no presente, não no passado e muito menos no futuro. Assim, quando adiamos decisões importantes, quando deixamos para trás o que se deve fazer no momento, podemos perder a chance de nos mostrar humanos, de amadurecer, selar a paz e viver mais felizes. Afinal, não é isso que importa?

Sempre procuro a questão dos “quases” que atrapalham nosso dia a dia. O que significa isso? Que não devemos viver à beira das nossas realizações. Ser feliz, fazer hoje, não viver no piloto automático, são atitudes que nós podemos tomar, e mais ninguém, para colher frutos que nos deixam em paz e que trazem satisfação.

Portanto, pode parecer um discurso antigo, mas ame as pessoas ao seu redor que realmente são importantes para você e admire o sentido que ela causa na sua vida. Saia definitivamente da situação do “quase”. Vença essa etapa da vida e não deixe que mágoas o controlem, não permita que o orgulho vença. Abra-se para que 2013 ganhe um sentido ainda mais positivo, mesmo que a vida, de vez em quando, nos surpreenda com seus diferentes acontecimentos que não voltam atrás.

Eduardo Shinyashiki é palestrante, consultor organizacional, escritor e especialista em desenvolvimento das Competências de Liderança e Preparação de Equipes. Presidente da Sociedade Cre Ser Treinamentos, colabora periodicamente com artigos para revistas e jornais. Autor dos livros: Viva como Você Quer Viver, A Vida é Um Milagre e Transforme seus Sonhos em Vida – Editora Gente. Para mais informações, acesse www.edushin.com.br.

AFINAL, O QUE É MESMO SER FELIZ?

AFINAL, O QUE É MESMO SER FELIZ?

Renata Rissato

Passamos a vida inteira em busca da felicidade. Vivemos para ser felizes, somos criados para nos tornarmos pessoas realizadas e ter sempre uma sensação de bem-estar dentro de nós. A felicidade é um bálsamo em nossa alma. Ser feliz na vida pessoal e profissional é o que todos desejam realmente. Mas não seria isso uma utopia?

Talvez! A felicidade é intocável, mas totalmente acessível para todos os seres humanos, desde que possamos compreender que a felicidade não nos pertence, que a felicidade é um momento, uma sensação apenas, e que se esperarmos ser felizes 24 horas por dia, só encontraremos amarguras e decepções.

O maior erro do ser humano é apoiar-se nesta busca como meta para sua vida. Pensamos muito em como encontrar a felicidade, mas nos esquecemos de que primeiro precisamos entender o que ela significa e que o sentimento provocado por ela não é igual para todo mundo.

Somos pessoas diferentes que possuem ideais diferentes, ou seja, o que é importante para mim, pode não ser para você. Baseada neste pensamento, afirmo que o conceito de felicidade é diferente entre as pessoas e muito particular, e seja ele qual for, deve ser respeitado. É importante entender que vivemos de momentos felizes e que estes momentos nos proporcionam a ideia da real felicidade.

Os momentos felizes podem ser divisíveis. O primeiro momento é aquele de felicidade coletiva, quando algo de bom acontece no mundo e todos juntos comemoramos, como ganhar uma copa do mundo, por exemplo. A euforia, a alegria invade nosso interior e nos causa uma sensação de felicidade. O segundo momento é o nosso particular, apenas nós o sentimos. Um momento único e que nos traz a mesma sensação do coletivo, porém é um sentimento pessoal, uma sensação intransferível e que muitas vezes apenas para nós será importante.

Portanto, para sermos felizes não precisamos nos tornar seres perfeitos e nem nos desagradar para fazer o outro feliz. Nossa felicidade não está nas mãos de outra pessoa, e sim nas nossas próprias mãos.

Necessitamos desfazer este mito de que é preciso ser feliz o tempo todo. Temos que estar sempre conectados com o nosso eu, e entender o que nos faz feliz e de que forma eu escolho ter estes momentos. Precisamos perceber que a felicidade nada mais é do que uma sensação boa que nos traz alegria e confiança naquilo em que acreditamos. Não existe uma fórmula mágica para buscarmos a felicidade eterna. Somos feitos de momentos, e são eles que dão força e movimento para seguirmos o nosso caminho, e nos tornarmos verdadeiramente felizes!

*RENATA RISSATO é consultora comportamental, palestrante, terapeuta holística e diretora da Attitude Plan Consultoria e Treinamento Empresarial. Especialista em equilíbrio de energias, neurolinguística e ressignificação de paradigmas, desenvolve treinamentos e palestras nas áreas de bem-estar e equilíbrio. www.attitudeplan.com.br / www.iluminiterapia.com.br