Pesquisa realizada pela DA Consulting foi apresentada em congresso de psicologia organizacional nos Estados Unidos
Para apontar os maiores desafios e os principais pontos favoráveis para o estabelecimento de empresas internacionais no Brasil, a DA Consulting realizou um estudo com seus clientes que revela algumas características do perfil de executivos e gestores brasileiros.
A pesquisa contou com a participação de 30 empresas de grande porte e foi feita entre fevereiro e março deste ano. As informações foram compiladas e comparadas com um banco de dados preexistente, alimentado desde 2005 com a participação de mais de 2.500 executivos. A apresentação do estudo aconteceu nos dias 11, 12 e 13 de abril na maior conferência de psicologia organizacional do mundo, promovida pela Society for Industrial and Organizational Psycology (SIOP), durante o encontro anual da entidade realizado em Houston, nos Estados Unidos.
As quatro melhores qualidades
1- Criatividade
Diante de um problema, pessoas de diversas culturas têm dificuldade em criar soluções inovadoras e simplesmente emperram. O brasileiro, em geral, é criativo e sempre encontra uma forma diferente para enfrentar as adversidades. Uma empresa com funcionários criativos aumenta a lucratividade, reduz custos, desenvolve novos serviços e produtos.
2- Sociabilidade
Os brasileiros são acessíveis e, em geral, demonstram gentileza que não se encontra em grande parte dos países estrangeiros. Nós gostamos de ajudar os outros, de conhecer novas pessoas e culturas, condutas estas que tornam o ambiente corporativo bem mais agradável. Em uma frase: é fácil de trabalhar com brasileiros.
3- Flexibilidade
Estruturas rígidas de negócio ou de gerenciamento de pessoas estão, cada vez mais, fadadas ao insucesso devido à velocidade das mudanças e do alto grau de competitividade da concorrência. Os gestores no Brasil são flexíveis e estão sempre dispostos a se adaptarem às mudanças.
4- Otimismo
Esta é uma virtude tupiniquim com maior reconhecimento internacional. O líder brasileiro normalmente não tem medo de tentar algo novo e, na maior parte de tempo, adota uma visão positiva sobre os resultados esperados. Essa energia é extremamente bem-vinda quando a equipe atravessa momentos difíceis. O bom humor é contagioso.
Os quatro maiores defeitos
1- Dificuldade em dizer não ou dar feedback negativo
Verdade nua e crua: não sabemos dizer não. O brasileiro se abre, inicialmente, de forma fácil e cordial, sendo avaliado positivamente por aceitar desafios e solucionar problemas. No entanto, embaixo desta superfície e após este contato inicial se constata que existe respeito exagerado à hierarquia e problemas na gestão do tempo. O medo do conflito é uma das maiores causas da ineficácia dos gestores no Brasil. 70% dos executivos apresentam dificuldade em dar feedback negativo.
2- Inglês
Este tópico não se restringe a questão da proficiência na língua, que ainda é um obstáculo, mas também abrange a falta de profissionais de nível global, como se observa na China e na Índia. Os executivos do nosso país precisam ultrapassar as barreiras territoriais para entrarem em contato e se envolverem com ferramentas, fóruns, tendências e filosofias internacionais de gestão e gerenciamento. Grande parte dos executivos não participa de programas globais por causa dessa deficiência.
3- Volatilidade
Profissionais de alto potencial e rendimento ainda são escassos. Para manter estes talentos, as empresas inflam artificialmente os salários e apressam planos de carreira. A consequência é um índice extremamente alto de rotatividade, gerando um custo muito elevado para companhias, governo e para os próprios executivos. Cerca de 30% dos profissionais com cargo de gerência mudaram de emprego nos últimos três anos.
4- Indisciplina e subjetividade
O brasileiro tem dificuldade em aceitar modelos estáticos e tende a desrespeitar processos básicos para formatação de diagnóstico para o gerenciamento do negócio e de pessoas. As análises acabam distorcidas e, portanto, as decisões e medidas práticas se tornam ineficientes e subjetivas. É comum o gestor confundir o relacionamento pessoal, e até a simpatia, com avaliação de competências e desempenho profissional.
A diretora da DA Consulting, Barbara Toth, explica que a intenção do estudo é identificar os principais desafios para a gestão de talentos nos mercado emergentes, especificamente no Brasil. “Formatamos perguntas estratégicas para as equipes de RH dos nossos maiores clientes, a maior parte multinacionais, e com estes dados traçamos nossa intervenção no congresso em Houston. Consultorias da China, Índia e Chile também participaram”, relata.
De acordo com pesquisa global da IBM, a Qualificação de Pessoas e o Capital Humano aparecem, respectivamente com 87% e 81%, como as principais fontes de valor econômico para CEOs. Ainda assim, as empresas situadas no Brasil não têm políticas definidas para utilizar a área de Recursos Humanos como instrumento estratégico para o sucesso do negócio. “Os gestores precisam alinhar o RH com as metas da empresa, relacionando o sucesso com aprimoramento de processos e retenção de talentos. Líderes preparados e equipes comprometidas são fundamentais para obtenção de bons resultados”, avalia Barbara.
Fundada em 2005, a DA Consulting é uma empresa líder em avaliação comportamental no ambiente corporativo e em desenvolvimento de pessoas. Dirigida pela psicóloga organizacional Barbara Toth, a companhia é representante oficial de cinco consultorias internacionais de ferramentas de avaliação epossui mais de 100 clientes de grande porte. Os programas utilizados aferem aptidão e perfil, auxiliam os processos de identificação de potencial, plano de sucessão, mapa de capital humano e todas as questões relacionadas ao desenvolvimento corporativo. A DA Consulting é referência em gerenciamento de talentos, coaching executivo, workshop de liderança e team building. A empresa é a única consultoria no Brasil que capacita para metodologia de assessment e development centre internacionalmente, possui filial na Argentina e atende toda a América Latina.