Força (nada) estranha
Há exatamente um ano, gravemente doente, meu pai iniciava uma das batalhas mais intensas que até então havia travado nessa vida. Ao longo dos meses que se seguiram chegou ao limite, praticamente vencido pela depressão e pelo cansaço. Nem por um só momento minha mãe ‘baixou a guarda’ e, mais do que isso, uniu toda a família em torno de uma causa só: salvar a vida do meu pai, a despeito dos nada animadores prognósticos dos médicos.
Apesar de doloroso e desgastante, o processo não só nos aproximou cada vez mais uns dos outros, mas também dos verdadeiros amigos que não nos abandonaram e da força poderosa de Deus.
Hoje, na mesa do almoço com meu pai, minha mãe e quase toda a família,conseguimos nos lembrar até com certza leveza de algumas passagens que, naqueles dias, pareciam tão angustiantes. Mais do que isso: a sensação que temos é de gratidão a Deus, diante de quem continuamos de joelhos dobrados, rogando pelo total restabelecimento do meu pai. A batalha não acabou e a fé continua inabalável.