Cultura

Processo de canonização de Irmã Dulce conta com quatro milagres em análise

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A freira baiana poderá ser santificada pela Igreja Católica no Brasil, caso mais uma graça seja reconhecida pelo Vaticano

 

Peritos baianos deram início à análise de quatro casos que, se confirmados como milagres por intercessão da freira baiana, podem dar andamento à última etapa do processo de canonização de Irmã Dulce. O núcleo de Memória e Cultura, das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), acompanha o andamento do processo que, se tiver mais um milagre confirmado, terá sua idealizadora considerada santa.

Desde a beatificação da freira baiana, em 2011, foram recebidos mais de três mil relatos de graças alcançadas por intercessão da Bem-aventurada Dulce dos Pobres. Atualmente, quatro milagres ocorridos nos estados de São Paulo, Ceará, Sergipe e Bahia, estão em análise por estudiosos. O relato que for considerado inexplicável e mais contundente pela intercessão de Irmã Dulce será enviado ao Vaticano para nova apuração.

“A graça relatada deverá atender alguns requisitos para ser considerada um milagre. A primeira exigência que seja um pedido com atendimento instantâneo, ou seja, com a graça realizada logo após o apelo. A segunda, ser perfeito, a pessoa deverá voltar à condição normal, antes da enfermidade. A terceira, ser duradouro, o que significa que o agraciado não poderá ter nenhuma sequela. Já a quarta condição, ser preternatural, garante que não haja nenhuma explicação do acontecimento no campo científico”, comenta o assessor de Memória e Cultura das Obras Sociais Irmã Dulce, Osvaldo Gouveia.

O mês de maio também foi marcado pela comemoração aos 99 anos de nascimento de Irmã Dulce e pelos dois anos da beatificação da religiosa. As datas festivas foram marcadas por procissão, missa, homenagens e apresentações musicais realizadas no santuário da Bem-aventurada, localizado no Largo de Roma, em Salvador.

Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes, mais conhecida como Irmã Dulce, faleceu em 13 de março de 1992, aos 77 anos. A Bem-aventurada ficou conhecida pela ajuda que prestava aos pobres, sobretudo na área da saúde. Em 1959, o Anjo Bom da Bahia fundou as Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), em Salvador, atualmente, dirigida pela sobrinha da beata, Maria Rita Pontes. A instituição filantrópica, que conta com mais de quatro mil profissionais, realiza cerca de 5 milhões de atendimentos por ano, nas áreas da saúde, educação e assistência social.

Sobre as Obras Sociais Irmã Dulce

A OSID é considerada hoje pelo Ministério da Saúde o maior complexo de atendimento 100% gratuito em saúde do Norte-Nordeste do Brasil e é responsável pelo maior volume de atendimentos em toda a estrutura do setor na Bahia. Entidade filantrópica de fins não-econômicos, foi fundada em 26 de maio de 1959, por Irmã Dulce.

 

Com perfil de serviços único no país, a instituição é uma espécie de ‘holding social’ formada por 15 núcleos que prestam assistência à população de baixa renda nas áreas de Saúde, Assistência Social e Educação, dedicando-se ainda à Pesquisa Científica, Ensino Médico, preservação e difusão da história de Irmã Dulce e gestão de unidades de saúde públicas.

A instituição já ultrapassou a marca dos cinco milhões de atendimentos anuais a usuários do SUS, idosos, portadores de deficiências e de deformidades craniofaciais, pacientes sociais e crianças e adolescentes em situação de risco social. Nas Obras trabalham cerca de 4.500 profissionais celetistas e quase 500 médicos prestadores de serviço.

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