Melissa Oliver ensina como usar a Inteligência Emocional na Gestão de Carreira
Nossas ações são pautadas pela emoção, sempre. Por mais que alguns insistam em afirmar que são racionais e lógicos, mesmo assim, essa lógica e racionalidade é movida pelas emoções.
No livro de Daniel Goleman, Inteligência Emocional, ele discorre acerca da aptidão emocional, ou seja, a capacidade natural para se conectar com pessoas e estreitar relacionamentos. Segundo o autor, pessoas com este perfil podem ter mais facilidade para organizar e liderar grupos, mediar conflitos e manter relacionamentos amorosos duradouros. Ele afirma, ainda, que para o melhor e o pior, a inteligência não dá em nada, quando as emoções dominam.
Se pensarmos bem, até a nossa memória é pautada pela emoção. Uma maneira simples de ilustrar isso é respondendo este exercício:
- O que você almoçou na terça-feira da semana passada?
- Onde você estava na Copa do Mundo que o Brasil perdeu de 7×1 para a Alemanha?
Na resposta da primeira pergunta, poucas pessoas vão lembrar rapidamente o que almoçaram, pois se trata de algo comum, que fazemos diariamente, muitas vezes no ‘piloto automático’. Já a segunda pergunta provavelmente foi respondida com mais prontidão e exatidão, não é mesmo? Por quê?
Porque esta lembrança está impregnada de sentimento, esta memória está carregada de emoção: não foi um dia banal, corriqueiro; foi o dia em que o ‘país do futebol’ perdeu (e perdeu feio!).
Neste caso, mesmo quem não se interessa por futebol foi contaminado de alguma maneira pela ‘vergonha nacional’ e como nossa memória é afetiva, a lembrança do que foi feito nesse dia vem com mais rapidez que a lembrança de um dia comum, como o do almoço na terça-feira.
Goleman afirma ainda que as emoções são contagiosas e que esse “intercâmbio emocional se dá tipicamente num nível sutil, quase imperceptível”. Nos comunicamos o tempo todo, de forma verbal e não-verbal e essa comunicação afeta as pessoas a nosso redor, e vice versa. O fato de não nos darmos conta disso não nos impede de sermos afetados.
Quanto maior a consciência das nossas emoções, mais controle teremos sobre a gestão da nossa vida profissional. Ficamos mais atentos e estratégicos quando entendemos que influenciamos, sim, o nosso redor e temos, sim, responsabilidade pelas nossas emoções (e ações).
As dicas para desenvolver a inteligência emocional são muito simples, porém nem sempre fáceis:
- Autoconhecimento: significa estar atendo a própria postura e repensar os hábitos relacionais, especialmente aqueles que estão prejudicando a sua carreira.
- Autoestima: aprender a apreciar suas qualidades e utilizá-las a seu favor.
- Empatia: desenvolver a compreensão (e aceitação) de que as pessoas pensam diferente (e isso não as faz melhor, nem pior do que você!).
Sobre Melissa Oliver
Melissa Oliver é coach de Carreira e Liderança, psicodramatista e especialista em Comportamento Organizacional e Gestão de Pessoas. Palestrante e professora de graduação e pós-graduação nas áreas de Gestão de Pessoas e Coaching. Autora do livro “Descubra se você ama o que você faz”.
Melissa Oliver – Coach de Carreira e Liderança
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