Antes de mães, elas são mulheres
Já se foi o tempo em que o homem saía para trabalhar e a mulher ficava em casa para cuidar dos filhos e das tarefas domésticas. A mulher moderna conquistou espaço no mercado, abraçou novas funções, mas nunca deixou de realizar, com carinho e diariamente, aquilo que aprendeu com a mãe e as avós. Hoje, além de fazer “malabarismos” para conciliar todas as atividades, ela ainda se dedica a ser uma Super Mulher.
Em meio a tantas atividades, fica a dúvida se a educação dos filhos está correta e se o tempo que passa com eles é suficiente. Afinal, muitas vezes, não sobra tempo para ser mulher e esposa. De acordo com a psicóloga do Hospital São Camilo, Rita Calegari, quando isso acontece é preciso se concentrar em fazer o que é possível. “Super mulheres não existem”, lembra a psicóloga. A perfeição geralmente vem acompanhada de frustração, estresse, infelicidade e problemas de saúde. Para evitar esse tipo de problema, confira algumas dicas da psicóloga para ser boa mulher, esposa e mãe: – Aprenda a dizer não para os outros e sim para si mesma. É importante ter tempo para se cuidar. Mulheres motivadas e de bem com elas mesmas gerenciam melhor as atividades. – Aprenda a delegar funções, não é possível fazer tudo sozinha sempre. – Otimize seu tempo e convide seu filho para fazer parte da sua vida. Peça ajuda com o almoço ou alguma atividade de casa, por exemplo, para que possam aproveitar para conversar. – Crie um ambiente agradável durante as refeições. Evite brigas e cobranças nesses momentos. Aproveite para conversar sobre assuntos do dia a dia. – Faça balanços semanais da sua vida. Analise o que conseguiu fazer ao longo da semana e o que ficou de fora. Só assim conseguirá se organizar para priorizar determinados assuntos que merecem maior atenção. – Use a tecnologia a seu favor. Caso não tenha conseguido fazer tudo o que precisava ao longo do dia, permita que seu filho use o computador ou videogame para se divertir enquanto você está ocupada, mas nada de exageros. A tecnologia nunca deve substituir a interação entre mãe e filho. Lembre-se sempre que não há necessidade de ser excelente em todas as atividades. Baixar um pouco o nível de exigência, trabalhar mais com o real do que com o ideal evita frustrações e faz bem à saúde emocional.
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Rita Calegari é psicóloga da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, graduada pela faculdade de Psicologia Padre Anchieta, Pós-Graduada em Psicologia da Saúde pela PUC e Mestre pela Escola de Enfermagem da USP. |