Cultura

Ternamente Eclético faz show no Teatro do Engenho

Imagem

Grupo musical destaca a produção italiana em show especial

Uma noite com o melhor da música italiana, com destaque para composições de Gioachino Rossini, Nino Rota, Ennio Morricone e até a fase em que Chico Buarque morava na Itália. É o programa que o grupo Ternamente Eclético, formado por músicos piracicabanos, apresenta nesta terça-feira, dia 1º de outubro, a partir das 20h, no Teatro Erotides de Campos, no Engenho Central. O show, Brasil-Itália, faz parte do Projeto Prata da Casa e tem ingressos a R$ 20 e R$ 10 (antecipados), já à venda na bilheteria do teatro, na Empem (Escola de Música de Piracicaba Maestro Ernst Mahle) e pelo Bilheteria Rápida.

Formado pela pianista Cecília Belatto, a soprano Débora Letícia, o violinista Luís Fernando Fischer Dutra e o contrabaixista e arranjador Álvaro Damazzo, o Ternamente Eclético completa dez anos de atuação ininterrupta no próximo ano. “O grupo foi criado para tomar todo gênero, do erudito ao popular, passando pelo clássico. A nossa ideia, como fica claro por meio até do nosso nome, é apresentar essa diversidade musical sempre com alma e sem nenhum tipo de preconceito”, conta Cecília Belatto.

É essa mistura de estilos que eles mostram em cada show que apresentam na cidade, onde já contam com um público cativo. Já realizaram shows de sucesso com os temas Uma Viagem pelo Mundo Através da Música, Mozart e Beatles, Jobim e Piazzola, Vivaldi e Luiz Gonzaga, Prelúdios Rock Anos 80 e Rock Rapsody I e II, espetáculo beneficente para o Projeto Ilumina. Todos os integrantes também são professores da Empem, onde têm intensa atividade.

Durante esses espetáculos o grupo já contou com várias participações especiais, como da pianista Maria Luiza Zani Dutra, dos guitarristas Heitor Mazzotti e José Fernando Freitas, do baterista Roggero Chiarinelli e do Grupo Sinhá Flor.

Brasil-Itália já foi apresentado uma vez, no ano passado, no Sesc, durante a programação que comemorou o Ano da Itália no Brasil. “Foi uma apresentação única, mas desde aquele dia recebemos muitos pedidos de pessoas que viram e de outras que perderam, mas que têm vontade de ver. Aliás, durante esses anos, essa tem sido uma característica nossa, a interatividade com o nosso público, que nos dá sugestões também, o que acho muito interessante”, conta Cecília.

Quanto à seleção das músicas, fica a critério de Álvaro Damazo, o arranjador. “Ele nos apresenta depois de uma reunião provisória em que discutimos os temas que vêm tendo destaque na mídia e os músicos que gostaríamos de homenagear. Mas as canções só entram depois de um acordo com todos, porque o nosso grupo é muito homogêneo. Nós nos conhecemos há bastante tempo, nos damos muito bem e sempre conseguimos chegar a um consenso. No caso de Brasil e Itália, além dos compositores italianos, decidimos incluir brasileiros que moraram lá e foram influenciados pela música de lá, como Toquinho e Chico Buarque”, diz a pianista.

O repertório começa com uma ária de O Barbeiro de Sevilha, de Gioachino Rossini. A seleção musical variada inclui outros temas eruditos (Lulla in mundo pax sincera, de Vivaldi), números de piano solo (A Lenda da Montanha de Cristal, de Nino Rota), trilhas sonoras de filmes inesquecíveis (de Ennio Morricone para Cinema Paradiso e de Nino Rota para Amarcord), canções românticas (Estate, de Brighenti e Martino), músicas pop (C’era um ragazzo che come me, de Migliacci e Lusini, conhecida no Brasil como Era Um Garoto que Como eu Amava os Beatles e os Rolling Stones; e Tintarella di Luna, de Filippi e Migliacci, popularizada por Celly Campello como Banho de Lua), e até parcerias com brasileiros (Aquarela, de Toquinho com Fabrizio e Morra; e Samba de Orly, que Chico Buarque compôs na Itália com Toquinho de Vinícius de Moraes).

Cecília Belatto conta que espera alcançar a alma do público com essas canções, mas conta que não é necessário ter ascendência italiana para apreciar a seleção musical. “Eu acharia muito legal se a gente recebesse no teatro pessoas da comunidade de Santana e Santa Olímpia, porque aí a gente tocaria na raiz. Eu sou da família Belatto, minhas origens estão na Itália, mas quantas pessoas em Piracicaba não têm raízes italianas e podem se emocionar também? Por que essas músicas são universais e nós estaremos apresentando no palco com toda a nossa alma”, conclui Cecília.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *